Não é novidade que as Meninas do Lago desempenham um papel de fundamental relevância para a sociedade iguaçuense atraindo para a prática esportiva da canoagem mulheres vítimas do câncer de mama. Atualmente mais de 50 guerreiras que passaram pelo difícil processo da cura, praticam o Dragon Boat estando inserido no movimento das Remadoras Rosas, existente em vários países.
Esse movimento teve início na década de 90 no Canadá quando um renomado oncologista resolveu indicar para as suas pacientes mastectomizadas a prática do Dragon Boat. Assim, Dr. Donald Mackenzie iniciou estudo científico sobre os possíveis benefícios dos movimentos da remada no combate ao linfedema, doença que causa dor e debilita a paciente com câncer. Até então, exercícios com esforços repetitivos em membros superiores do corpo eram desaconselhados, por se acreditar em consequências negativas.
Os estudos e a prática comprovaram o contrário e a atividade passou a ser incentivada entre as mastectomizadas em todo mundo em movimento denominado Remadoras Rosas. Em Foz do Iguaçu o esporte iniciou com a chegada do primeiro Dragon Boat, em abril de 2021. De lá para cá o sucesso foi estarrecedor, chegando ao ponto do Hospital Itamed abraçar a ideia fazendo reuniões periódicas no setor de oncologia, onde apresenta o projeto às suas pacientes.
E foi assim que duas paraguaias da Cidade de Santa Rita descobriram que era possível elas também participarem das atividades. Em 27 de fevereiro de 2025, Nelita ingressou nos quadros do Instituto Meninos do Lago.
Um pouco mais tarde, no mês de março, foi a vez da Edila.
Hoje ambas acessam a Itaipu Binacional pela margem esquerda e se juntam às demais atletas do Projeto Meninas do Lago todas as quintas feiras de forma religiosa, sem nenhuma falta até a presente data.