Aconteceria na Cidade de Três Coroas no Rio Grande do Sul, entre os dias 03 a 05 de maio, o Campeonato Brasileiro de Canoagem Slalom da 1ª Divisão. Pela primeira vez na história a jovem equipe do Instituto Meninos do Lago estava indo com 10 (dez) dias de antecedência para conseguir adaptar-se com as corredeiras e com o próprio local da competição.
Os treinos estavam acontecendo maravilhosamente bem, até que na terça-feira da semana do campeonato começou a chover de forma torrencial, dia e noite. Pelo fato do Rio Paranhana estar inserido em um enorme vale, a captação de água se torna gigantesca de forma que o nível sobe rapidamente.
Os resultados dessas chuvas, o mundo todo conheceu e ficará registrado como a maior catástrofe do Estado do Rio Grande do Sul pois as chuvas não se limitaram ao Vale do Paranhana, mas praticamente em todo o estado gaúcho. De forma muito rápida o rio encheu e os atletas que deixaram para retirar suas embarcações no local de competição, simplesmente perderam seus equipamentos. A própria estrutura da pista de canoagem o rio levou, como a ponte e as casas de cronometragem e guarda de equipamento.
O Parque das Laranjeiras foi construído no ano de 1997 e jamais tinha visto tanta água. Claro que enchentes que impossibilitam o uso do rio são normais no local, porém com essa vazão, jamais foi visto e sequer se imaginava ser possível tamanho volume que acabou devastando boa parte da Cidade de Três Coroas.
Evidentemente o evento foi cancelado e a equipe se apressou em retirar os atletas iguaçuenses do local, pois as notícias eram desesperadoras e, para complicar o hotel onde estavam hospedados fica à margem do Paranhana em um desnível de quase trinta metros. Na madrugada da sexta-feira a proprietária do estabelecimento bateu de porta em porta para que todos se retirassem pelo fato do rio estar alcançando o estabelecimento.
A saída foi desesperadora, com várias ruas completamente alagadas e vários trechos das rodovias interditadas. Pelo fato dos familiares estarem todos preocupado em Foz, não foi possível a equipe ficar para ajudar no resgate das famílias de vários amigos canoístas gaúchos. Ao time IMEL coube única e tão somente rezar e em Foz, participar de várias campanhas de solidariedade.