Canoagem se faz em "Água Boa" e, coincidentemente, o projeto mais aclamado e premiado da Itaipu Binacional leva também este nome. Não é por acaso que o Projeto Meninos do Lago é reconhecido como referência nacional, pois além de possuir uma patrocinadora que investe e vivencia os mais diversos fatores de revitalização do meio aquático, fauna e flora, ela oferece aos seus parceiros a possibilidade de convivência e reverência ao meio ambiente.
"Itaipu Binacional, a energia gerando ouro nos pódios nacionais e internacionais".
FONTE: JIE
Expedição termina com novo pacto
Expedicionários chegam de barco a Entre Rios do Oeste, onde fica a foz do Rio São Francisco, recepcionados por canoístas do Projeto Meninos do Lago.
A noite de sexta-feira (8) foi de festa para os participantes da Expedição São Francisco Verdadeiro. A celebração do Pacto das Águas do Rio São Francisco marcou o fim da jornada, iniciada seis dias antes. Os 50 jovens expedicionários se uniram aos organizadores, alunos da rede pública de Entre Rios do Oeste e convidados para encerrar a viagem em grande estilo.
Os expedicionários partiram da associação dos pescadores e foram à Base Náutica de Entre Rios em dois barcos, sendo recebidos ainda na água pelos participantes do Projeto Meninos do Lago, que fizeram a escolta até a chegada. Em terra firme, receberam os cumprimentos do superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu e coordenador da expedição, Jair Kotz, e do diretor de Coordenação, Nelton Friedrich.
Do alto, a bordo de seu paramotor, Valtemir de Souza (Billy) registrou a chegada dos jovens.
Os expedicionários foram protagonistas do começo ao fim. Enquanto a festa de encerramento não começava, uma grande roda de capoeira foi armada no palco principal, na qual todos participavam como podiam. A mestra de cerimônias foi Rosângela Gouveia, locutora da Rádio Juventude Verde, nome que deram à rádio pela qual transmitiam de dentro de um ônibus.
Comemoração
“Essa expedição só pode ser expressa por três palavras: única, insubstituível e inigualável”, disse Jefferson dos Santos, professor de hip hop, ao abrir a cerimônia da mística das águas. “Nunca vou conseguir traduzir em palavras o que senti aqui”, concluiu.
Capoeira para passar o tempo, até o cerimônia do Pacto das Águas.
Lucas di Toni, o locutor especial dos programas de rádio do Centro da Juventude de Cascavel, gostou de tudo. Mas, detalhista que só, o rapaz – portador da Síndrome de Asperger (transtorno autista) – pontuou o que mais o agradou. “Gostei muito do rapel e da oficina de rafting.”
Se para os jovens foi valoroso, para os adultos que com eles estavam não foi diferente. “O São Francisco é o mesmo rio, mas a expedição não é a mesma,” declarou Oseias Soares, responsável pelo Projeto Florir, de Toledo. “São os mesmos jovens, mas que retornam diferentes às suas casas. Alguns pais recebem seus filhos com uma consciência ambiental melhor.”
“Gostei muito do rapel e da oficina de rafting”, disse Lucas di Toni (à esquerda).
Para os organizadores e coordenadores da expedição, a satisfação só poderia trazer a sensação do dever cumprido. “Esta primeira expedição foi um grande laboratório de aprendizagem”, explicou Kotz. “Foi um marco poder fazer uma viagem por água e terra, envolvendo a bacia do São Francisco Verdadeiro”, comentou Friedrich. “Acreditamos que isso deva acontecer periodicamente.”
Com o pouco tempo que ainda tinham juntos, os expedicionários aproveitavam cada momento. Teve gente que até chorou, na iminência do fim. O que amenizou foi a constatação de que, além das lições dadas e recebidas sobre sustentabilidade e educação ambiental, o saldo foi muito positivo: os jovens ganharam novos hábitos e fizeram novas amizades.
Nelton Friedrich: “Foi um marco poder fazer uma viagem por água e terra".