Depois do curso realizado no dia 24 de agosto pela Professora Mayara Cordeiro com parte teórica e prática, chegou o grande momento dos paracanoístas do IMEL Aline Priscila Barti e Isac Alves Cardoso mostrarem se realmente entenderam as regras do esporte.
E começaram muito bem participando da principal prova do circuito nacional que é o Campeonato Brasileiro de Canoagem Slalom, que foi realizado no Canal Itaipu, durante os dias 04, 05 e 06 de outubro e acabou integrando a programação dos Jogos de Aventura e Natureza propostos pelo Governo do Estado do Paraná.
Sem dúvida alguma, essa foi mais uma competição para entrar na história da Canoagem Slalom brasileira, pois foi a primeira vez que este esporte nacional pode contar com uma arbitragem inclusiva e isso somente foi possível em virtude das boas condições de acessibilidade existentes no Canal Itaipu.
Alini gostou da experiência, “Eu acho muito bacana essa parte de inclusão, como estamos sempre treinando junto com a Canoagem Slalom a gente acaba pegando paixão por essa modalidade e é sempre bom poder ajudar”, comenta.
O outro paracanoístas iguaçuense que participou como árbitro auxiliando um dos setores da prova, Isac Alves Cardoso não teve dúvida em afirmar que as boas condições de acessibilidade oferecidas pela Itaipu Binacional foram determinantes para a sua participação:
“Dificilmente eu teria condições de estar à beira de um rio se não houvesse este calçamento que me permite locomover com certa segurança e sem muito esforço. A inclusão do cadeirante no esporte em si é um sinal de respeito, isso demonstra que nós podemos caminhar juntos”.
Para o treinador e fisioterapeuta Guto Mazine, responsável pelo desenvolvimento da paracanoagem em Foz do Iguaçu, é extremamente gratificante poder contar com os seus alunos em atividades que pareciam impossíveis de serem realizadas diante dos numerosos obstáculos encontrados no dia a dia de seus atletas.
“Nesse evento o Isac e a Aline encararam chuva, frio, vento, sol como qualquer outro membro participante da arbitragem, para nós o que importa é o desenvolvimento eficaz da função não havendo nenhuma distinção entre os cadeirantes e não cadeirantes. Se eles errarem serão vaiados pelos atletas assim como acontecerá comigo ou com os demais árbitros. Essa é a lógica da inclusão social, oferecer condições para todos desempenharem o mesmo papel. Um dia quero ainda ver competições aqui em Foz do Iguaçu, organizado exclusivamente pelos paracanoístas do IMEL”.
Para Mayara Cordeiro, ambos passaram no teste com louvor, pois não houve nenhuma reclamação dos atletas ou treinadores quanto às decisões impostas pelos dois “para-árbitros”:
“No curso eu já senti que tanto o Isac e a Aline estavam com segurança quanto às regras da Canoagem Slalom. Não tive o menor receio de colocá-los para auxiliar uma competição importante como é o Campeonato Brasileiro e ao final não houve nenhum protesto ou reclamação quanto as ações de ambos o que me deixou muito feliz”.