Durante o mês de julho os professores do Projeto Meninos do Lago estiveram em capacitação com o Fisioterapeuta Guto Mazine a fim de definir protocolos de aquecimento e desaquecimento que deverão ser seguidos para todos os núcleos de canoagem da Cidade de Foz do Iguaçu, a partir do retorno das aulas.
Seguindo protocolos de segurança, as atividades aconteceram no Centro de Convivência Bubas, no período de 20 a 24 de julho, em semana de bastante frio que não chegou a desanimar os professores de entrarem na água. Para a professora Caroline Valiati Rothhaar a definição de exercícios já ligados às atividades da canoagem é muito importante, pois além de não perder tempo, vai ser muito importante para evitar lesões.
“Eu estou tendo contato com o esporte da canoagem há muito pouco tempo. É uma disciplina esportiva que tivemos muito pouca orientação na Faculdade, de forma que aprender com especialistas da área e definir com eles protocolos que possam ser usados diariamente vai nos auxiliar no melhor aproveitamento do tempo de aula, bem como em trabalhar com os músculos que serão realmente utilizados no decorrer das sessões”.
Para Guto Mazine, a questão do aquecimento e desaquecimento, pelo menos para os atletas dos núcleos de base da canoagem em Foz do Iguaçu, nunca foi uma abordagem que realmente merecesse a devida atenção, de forma que várias lesões ou desconfortos poderiam ter sido evitados se a rotina inicial e final dos treinos fosse uma constante.
“Estou trabalhando na canoagem em Foz do Iguaçu já faz um bom tempo. Sempre observava que as turmas da base, pelo fato de terem muitos atletas e horários de transporte a serem cumpridos, não havia muita atenção dos professores ao aquecimento e alongamento. Isso gerou uma rotina de desatenção com fundamentos básicos de qualquer atividade desportiva, de forma que quando o atleta chega na seleção nacional, o compromisso com tais temas continua o mesmo da base. Isso tem gerado muitas contusões no alto rendimento, mas a evidência é de que isso terá que ser trabalhado como rotina na base, caso contrário essas morbidades serão cada vez mais constantes”.