Para quem pensou que a atleta estava com problemas na escola errou. No dia 20 de março, Olinda do Carmo Maldonado Gonçalves, atleta do núcleo Chute Para o Futuro/IMEL, de apenas 12 anos, foi vítima de um grave acidente na Cidade do Leste, no Paraguai.
Ao sair da porta do ônibus Olinda foi atropelada por um motoqueiro imprudente que passava em alta velocidade ao lado do veículo deixando-a caída no chão sem prestar nenhum tipo de auxílio. O parceiro que estava na garupa da moto acabou sendo preso pelas autoridades paraguaias.
Olinda foi levada de ambulância para Foz do Iguaçu, onde constatou-se diversas fraturas na perna, clavícula e quadril. Infelizmente, porém, apenas uma semana após o acidente foi possível realizar as respectivas cirurgias na Cidade de Cascavel e agora se recupera em casa, sob os cuidados da mãe.
Hoje o fisioterapeuta do Projeto Meninos do Lago, Guto Mazine, acompanhado de Angel Cordeiro, treinador, foram visitar a atleta em casa e decidiram iniciar o acompanhamento de restabelecimento de imediato e após o retorno dela aos médicos que acontecerá no dia 27 de abril, será feito uma nova avaliação do quadro. Segundo o fisioterapeuta:
“É um quadro que requer nossa atenção e vamos iniciar as sessões de fisioterapia uma ou duas vezes por semana na casa dela, já combinei isso com a mãe e depois, com a evolução, poderemos atendê-la diariamente no Canal”.
Sem dúvida mais um grande trabalho social de Guto que já possui uma clientela apaixonada na paracanoagem do Instituto Meninos do Lago, pois além de cuidar de atletas com lesões atende os cadeirantes na Canoagem Velocidade e as mulheres com câncer de mama no Dragon Boat.
Angel Cordeiro, que acompanha em todas essas ações e também merecedor de aplausos, relata que a situação da Olinda é bem melhor que as primeiras notícias que chegaram no dia do acidente:
“Quando a notícia do acidente chegou para nós o quadro era muito grave e ficamos muito apreensivos com a saúde dela e o futuro como atleta, já que se trata de um verdadeiro talento tanto no K1 como no C1. Mas hoje saio daqui muito feliz por vê-la disposta a retornar o mais rapidamente possível para os treinos e para as viagens”.
Para Olinda, é exatamente isso que ela mais quer:
“Não aguento mais ficar nesta cama, quero retornar o quanto antes para treinar no Canal Itaipu e conseguir índices para viajar com a equipe. Hoje dói um pouco minhas fraturas, mas logo quero estar na água novamente”.