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Outubro – Mês das Remadoras Rosas do IMEL darem show também fora da água

24/10/2023

No fim do século passado, o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure como símbolo do esforço contra a enfermidade e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, EUA, em 1990. Ao longo da década, entidades de outras cidades do país passaram a celebrar e fomentar ações voltadas à prevenção do câncer de mama, época em que surgiu a expressão Outubro Rosa, em referência à cor do laço.


Hoje, a ideia já está disseminada pelo mundo todo, seja com ações diretas como eventos e desfiles de moda, ou com a iluminação da cor rosa de grandes construções, iniciativa repetida nos quatro cantos do planeta. As atividades têm como objetivo principal a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce, o que aumenta muito as chances de cura.


Dentro desse contexto, no ano de 1996 o Dr. Don Mackenzie, médico do Departamento de Medicina Esportiva e Fisiologia do Exercício da University of British Columbia, em Vancouver, no Canadá, formou uma pequena equipe de remadoras com ex-pacientes, vítimas de câncer de mama. Os trabalhos desenvolvidos naquele Departamento de Medicina Esportiva estabeleceu as bases científicas para comprovar que exercícios vigorosos para o corpo em mulheres que se trataram de câncer de mama diminuiria o desenvolvimento da principal complicação, o linfedema, uma debilitação crônica consequente do tratamento que altera o movimento dos braços. E foi assim que nasceu o projeto remadoras rosas usufruindo canoagem coletiva com o Dragon Boat hoje praticado em vários países em todos os continentes.


Em 2022, durante o triste episódio da COVID-19 que assombrou o mundo, nasceu em Foz do Iguaçu o time Dragon Boat Flor de Lotus, dentro das atividades desportivas da PARACANOAGEM previstas no Projeto Social Desportivo Meninos do Lago, mantido em parceria com a Itaipu Binacional e Instituto Meninos do Lago - IMEL


Ação considerada por muitos como sendo utópica no início, pois para conseguir movimentar o Dragon Boat (um monstro de 15 metros e 250 kg) seria necessário encontrar 22 mulheres vitimadas pelo câncer de mama, todas dispostas a iniciar uma atividade desportiva completamente desconhecida e fora dos padrões da imensa maioria. Hoje o IMEL está adquirindo a sua segunda embarcação, pois já não há mais vagas na Nanda, nome carinhoso e bastante sentimental do primeiro Dragon Boat.


Foi através da eterna capitã Regyna Santos, que essa realidade começou a ser construída. Remadora do Lago Paranoá, em Brasília, ao mudar com a família para Foz do Iguaçu foi logo procurando outro local para continuar o seu tratamento de forma prazerosa. Encontrou no Instituto Meninos do Lago o parceiro que buscava. Em virtude das paralisações das atividades durante o período de 2020 a 2022, houve sobra de recursos e como a atividade estaria incluída na Paracanoagem, prevista no Plano de Trabalho não foi difícil o enquadramento e a aquisição dos equipamentos necessários.


As coisas aconteceram tudo de forma muito rápida e com muita competência de alguns anjos como a Regyna que correu atrás de novas colegas sem conhecer ninguém em Foz, Guto Mazine exímio fisioterapeuta e profissional da área da saúde necessário e apaixonado pela disciplina, Professora de Educação Física Caroline Valiati Rothhaar que acompanha todas as atividades e Angel Cardoso Sanchez, um dos maiores especialista em resgate em águas brancas do Estado do Paraná.

 

Em muito pouco tempo o grupo nem havia ainda sido formado os equipamentos já estavam à disposição em um dos locais mais aprazíveis de Foz do Iguaçu, que é o Iate Clube Lago de Itaipu, que também abraçou o Projeto e aos poucos as meninas malucas foram surgindo e a Nanda completando sua lotação com um time de tirar o chapéu.


Dentro e fora da água o time Flor de Lótus não para, as meninas são incansáveis em suas atividades desportivas e também levando ao público a conscientização sobre um tema social dos mais relevantes que é o câncer de mama. Através de passeatas, palestras, cursos, entrevistas e na expertise na divulgação em mídias sociais esse time ganhou o respeito e admiração da sociedade iguaçuense e da própria Itaipu Binacional, empresa mãe da canoagem paranaense.


O dia 23 de outubro foi mais um dia agitado na vida de todas elas, primeiro um grande passeio oferecido pela Empresa Macuco Safari, que proporciona a vista de baixo de uma das principais atrações turísticas do mundo navegando no caudaloso Rio Iguaçu em potentes barcos que ousam levar pessoas a desfrutarem de bem perto uma das obras primas de Deus. Passeio inesquecível para as atletas e que causou um certo friozinho na barriga de algumas, pois realmente o passeio é incrível e transformam todos em verdadeiras crianças, como bem disse a atleta Soeli Sônia Binna Stadikowiski,


“Nossa, magnífico.... Me senti como se fosse uma criança muito feliz num parque de diversões...Esse projeto só me faz bem em todos os sentidos. Sou imensamente grata por tudo”.


 

 

No final do dia 32 atletas participaram de um debate com o tema “O Diagnóstico Não Nos Define”, que aconteceu no auditório do Centro de Recepção aos Visitantes, da Itaipu Binacional. No encontro Louise Liu Vargas de Oliveira, Maria Paula Pessoa Lopes Bandeira e Regyna Maura Santos, sob a mediação de Luciany dos Santos Franco, fizeram um bate-papo descontraído repassando várias informações importantes.


E às 21h05 aconteceu a inauguração da Iluminação Monumental com a cor rosa na Barragem da Itaipu Binacional. Empresa que transforma energia em ouro para o Time Brasil, através da canoagem e vários outros esportes.


Admin | Projeto Meninos do Lago