Notcias

Exame de Faixa

08/07/2025

A primeira semana do mês de julho foi destinada ao Exame de Faixa dos atletas do Projeto Meninos do Lago. Essa avaliação teve como objetivo demonstrar de forma bastante evidenciada quais os fundamentos que necessitam ser trabalhados de forma individual atleta por atleta. Por estar bastante frio, as atividades que envolviam o contato com água foram realizadas nas piscinas aquecidas do Ginásio Costa Cavalcanti, cedidas gentilmente pelo Município de Foz do Iguaçu.

 

Trata-se de uma ação inovadora dentro do esporte da canoagem lançada há tempos pelo projeto que tem como parâmetro os esportes que se utilizam de faixas para verificar o nível técnico que cada aluno e assim seguir uma metodologia óbvia de aprendizado. Essa forma de agir em Foz do Iguaçu, além de visar a segurança do próprio atleta, com certeza é um dos fatores que diferenciam tecnicamente nos eventos nacionais, sendo imbatível no ranking da Confederação Brasileira de Canoagem há muitos anos.

 

Para o Educador Físico e Treinador William Fernandes essa avaliação serve não só para verificação do aprendizado do atleta, como também para saber se o próprio professor está entendendo ou não os fundamentos expostos na Apostila.

 

“Acho sensacional essa avaliação proposta pois deixa claro e transparente para professor e aluno as eficácias e, principalmente, as deficiências técnicas que precisam ser melhoradas. Além do atleta saber com exatidão onde precisará melhorar, nós temos como avaliar se o professor está sabendo ou não ensinar de acordo com o que está prescrito em nossas apostilas”.

 

Na canoagem iguaçuense, foram definidas as cores BRANCA – AMARELA – VERDE – AZUL para definição dos parâmetros técnicos. Inicia-se no nível branco que dura mais ou menos 6 meses, que é o mesmo tempo de duração para a faixa amarela. Na faixa verde o período mínimo é de um ano e depois na azul o atleta já estará praticamente formado com relação aos fundamentos técnicos do esporte.

 

Dezoito alunos faixas brancas fizerem as avaliações para a mudança para a faixa amarela. O conteúdo previa algumas manobras de segurança (natação sem colete, retirada de saia no seco e na água, retirada de água da embarcação), manobras de equilíbrio (apoio alto, apoio baixo, remada inclinada), manobras de propulsão (remada frente, remada ré e remada lateral), manobras de condução (lemes, circulares e remada reversa) e manobras combinadas (giro com leme de popa no mesmo lado, zig zag com leme de proa, giro com remada reversa e leme de popa do mesmo lado).

 

Foi estipulado que a soma dos pontos corresponde excelente 85, ótimo 84 a 74, bom 73 a 53 e regular 50 a 40. O atleta que não alcançar o mínimo de 53 pontos, não deve passar de faixa até que a execução dos fundamentos abaixo da média melhore. Isso ficará a encargo do professor definir nova avaliação depois do treinamento específico. A intenção não é de reprovação, porém de aprendizado exemplar útil para a segurança do atleta.

 

Apenas seis atletas da faixa branca não conseguiram a nota mínima para aprovação. Agora, sabendo dos fundamentos carentes de melhora técnica, caberá ao professor nova avaliação assim que sentir que tais atletas realmente aprenderam a execução de forma razoável.

 

Outros treze atletas faixas amarelas fizeram o exame visando a faixa verde. Basicamente foram os mesmos fundamentos executados para os faixas brancas, com a diferença, porém, que agora tais fundamentos são realizados com a utilização de portas (balizas sobrepostas ao rio) e em corredeiras, ao contrário dos faixas brancas que somente trabalham na água parada e sem a necessidade de portas.

 

Todos os atletas que fizeram esse teste passaram para a faixa verde o que demonstra evolução e eficácia metodológica. Isso animou a professora Laura Beatriz que ao se manifestar sobre os exames disse:

 

“Cada vez mais fico surpresa com a nossa metodologia. Eu já havia participado de algumas avaliações, porém existem inovações constantes tanto nas apostilas que são revisadas periodicamente como também nas tabelas do excel. Acredito que os resultados nacionais refletem exatamente essa condição organizacional metodológica. Acredito que os demais clubes do Brasil deveriam seguir para melhor o nível de iniciação da canoagem slalom brasileira e todos estarem falando a mesma linguagem podendo, assim, a própria CBCa pensar em criar oficinas on line e até mesmo avaliações nacionais”.  

 

Para o atleta Gerson Terres que conseguiu média 90 comprovando matematicamente de forma incontroversa tratar-se do maior expoente técnico atualmente do Projeto Meninos do Lago, essa avaliação ajuda muito saber os defeitos de cada atleta para poder melhorar no futuro:

 

“Eu acho muito massa esse tipo de avaliação. Todo mundo percebe quem sabe e quem não sabe executar os fundamentos propostos. Claro que as notas dos avaliadores não são iguais o que às vezes dá uma certa raiva no atleta, porém quando há divergência entre os próprios professores, significa dizer que precisamos melhorar para satisfazer a exigência de todos. Eu sempre gosto de saber o porquê da minha pior nota. Onde eu errei. Resolvendo esses problemas, estarei consequentemente melhorando minha performance”.

 

 

Resultados Faixa Branca

Resultados Faixa Amarela

Admin | Projeto Meninos do Lago